Aumento Peniano

Diariamente muitos homens procuram os consultórios urológicos com questionamentos quanto ao cumprimento e a espessura do seu pênis. Na maioria dos casos o tamanho do pênis está dentro da faixa considerada normal, mas o homem está insatisfeito principalmente quando o pênis está em estado flácido. Muitos têm vergonha e não ficam nus diante de outros homens nem de suas parceiras a não ser que estejam em ereção plena! Essa falta de auto-estima interfere também no desempenho porque gera insegurança, e insegurança é a inimiga número um da falta de uma ereção adequada para o penetração.

Existem várias técnicas para aumento peniano tanto em comprimento (cirurgia do ligamento suspensor, etc ), quanto em circunferência (bioplastia peniana para engrossar o penis) – todas ainda em fase de estudos e consideradas experimentais. Todas com grande risco para o paciente. Embora a cirurgia do ligamento suspensor (dentre outras) tenha sua real indicação para aqueles indivíduos que possuem micropênis (tamanho abaixo de 8 cms), a maioria dos homens que procuram o procedimento exibem um tamanho normal de seu órgão sexual. Independente de qual tipo de cirurgia peniana deseje fazer procure sempre um profissional qualificado e com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Obtenha todas as informações sobre os riscos e complicações existentes. Pese os prováveis riscos e benefícios antes de qualquer decisão.  Um paciente bem informado e com expectativas reais, possui um grau de satisfação substancialmente maior do que aquele que cultiva expectativas fantasiosas a respeito deste ou daquele procedimento, evitando –assim – traumas e insatisfações no pós-operatório.

A Bioplastia Peniana tem a pretensa intenção de aumentar a circunferência do corpo peniano (engrossamento do pênis). Diferentemente da crença popular que diz que quanto maior melhor, um pênis excessivamente comprido pode ser doloroso para a mulher. Entretanto, com um aumento na circunferência peniana proporcionada ocasionalmente pela bioplastia, ocorre um maior atrito e preenchimento do canal vaginal durante a relação, o que aumenta o prazer do cônjuge, uma vez que os nervos sensoriais estão mais concentrados nos centímetros iniciais da vagina. A bioplastia peniana é realizada sob anestesia local e consiste no implante de uma substância biocompatível no corpo peniano, absorvíveis ou não, através de um pequeno orifício, semelhante ao de uma injeção. Nesse tipo de procedimento não há cortes ou cicatrizes aparentes. O procedimento, geralmente, não altera a sensibilidade, a potência ou a ereção. Em geral o ganho na circunferência é proporcional a quantidade do material injetado sob a pele, e a capacidade deste produto migrar. Alterações transitórias devido ao inchaço e hematomas pós-operatórios são normais depois de qualquer cirurgia. O tempo médio para a realização do procedimento é de, aproximadamente, 30 minutos. É realizado ambulatorialmente e não requer internação hospitalar, sendo que o paciente pode retornar as suas atividades profissionais já no dia seguinte. Para saber sobre possíveis riscos relacionados a esse procedimento ainda considerado experimental procure o seu urologista de confiança – que trabalhe com a subárea da andrologia.

Para sua realização o paciente deve ser previamente postectomizado ( ter realizado a cirurgia de fimose ).

Um ponto importante a ser observado refere-se aos cuidados pós-operatórios, onde o paciente deve respeitar abstinência de atividades sexuais por alguns dias, e utilizar um aparelho extensor peniano também por um bom tempo ou usar uma faixa compressiva durante igual período, de modo a garantir a modelagem peniana realizada pelo cirurgião durante a bioplastia peniana.

A fisioterapia pós-operatória com o extensor peniano é defendida por alguns médicos para obtenção de um melhor resultado com a  bioplastia do pênis.

Além da bioplastia outros procedimentos podem complementar a estética da região peniana. Entre eles destaca-se a lipoaspiração do púbis. O acúmulo de gordura na região pode “esconder” grande parte da porção externa do corpo peniano, deixando o pênis com uma aparência menor do que na realidade o é. Um procedimento de lipoaspiração realizado por cirurgião plástico pode corrigir esse problema, com resultados satisfatórios para o paciente com baixa auto-estima.

Antes de qualquer decisão que venha a tomar o paciente precisa estar ciente de que o procedimento é considerado experimental e com riscos potenciais, principalmente deformidades, pois como o pênis é um órgão dinâmico que muda do estado flácido para o ereto possibilitando a migração do produto, o aparecimento de deformidades é uma possibilidade real que pode necessitar de cirurgia para a sua retirada.

Leia reportagem publicada na revista época a seguir!

Aumentar o pênis é possível, mas (muito) perigoso

Médicos advertem sobre o risco do preenchimento para aumentar o perímetro do órgão sexual masculino

FERNANDA COLAVITTI (trechos da reportagem que saiu na revista exame)

Obs: texto adaptado

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI66920-15257,00-AUMENTAR+O+PENIS+E+POSSIVEL+MAS+MUITO+PERIGOSO.html

ARREPENDIDO

Pergunte a qualquer homem se está satisfeito com o próprio pênis. A chance de que ele diga não é de 90%, segundo médicos acostumados a ouvir lamentações. Além de alongar, a maioria gostaria de modificar a espessura de seu pênis. Quando isso era apenas uma fantasia, não havia problema. Ocorre que, recentemente, os homens passaram de fato a engrossar o pênis – com resultados freqüentemente desastrosos, que vêm sendo percebidos nos consultórios médicos. O cirurgião vascular Carlos Araújo, de São Paulo, diz que tem atendido em média cinco pacientes por mês com problemas decorrentes desse procedimento. “Eles chegam com inflamações e deformações. O pênis fica igual a um saco de batatas”, diz o médico.

O profissional liberal paulistano que prefere ser identificado como Sérgio, de 35 anos, é uma das vítimas dessa situação. Infeliz com a grossura de seu pênis, ele descobriu na internet, no ano passado, um médico que prometia aumentá-la. Pagou R$ 3.500 por uma aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato, líquido usado em preenchimentos estéticos). Logo começou a sentir dores, ardência e dificuldade nas relações sexuais. Foi diagnosticado com uma séria inflamação, que pode acabar em cirurgia. “Eu me arrependo muito. Estou com problemas psicológicos

Do ponto de vista legal, esse tipo de procedimento não é irregular. O PMMA foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como material para aumentar a espessura de pênis e de lábios vaginais. Apesar disso, a comunidade médica não recomenda essa utilização. “O PMMA é mais indicado em cirurgias reparadoras, normalmente no rosto. Para engrossar o pênis está fora de questão”, diz o cirurgião José Tariki, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O Conselho Federal de Medicina concorda. “A técnica não é proibida, mas não aconselhamos. Carece de comprovação científica”, diz Antônio Gonçalves Pinheiro, da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica. O aumento da espessura tampouco é recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). “É uma técnica experimental. Já vi muitos pênis deformados”, diz Eduardo Bertero, chefe do Departamento de Andrologia da SBU. Ele tem atendido, em média, três pacientes por mês com problemas decorrentes do “preenchimento”.

Bertero diz que a maioria dos homens que procuram o procedimento são jovens com pênis normais. A média do brasileiro, ereto, é de 12 a 14 centímetros de comprimento e de 6 a 8 centímetros de perímetro. Depois do preenchimento, afirma, o pênis pode ficar disforme, com consistência meio gelatinosa e “pesado”. Por que os homens embarcam nessa? “O pênis é um instrumento de poder. Os que têm tamanho acima da média divulgam, e os que têm tamanhos normais se acham anormais”, diz o urologista Celso Marzano. Com o PMMA, os homens costumam ganhar entre 5 e 8 centímetros no perímetro do pênis. “É um absurdo. Há pacientes que nem conseguem mais penetrar a própria mulher”, afirma Carlos Araújo.

Apesar dos argumentos em contrário, há vários médicos que praticam o engrossamento de pênis – embora não gostem de falar sobre isso. Dos quatro procurados por ÉPOCA, apenas o cirurgião Bayard Fischer Santos, de Porto Alegre, concordou em dar entrevista. Ele é o personagem central de um site na internet com o nome de Vítimas do Dr. Bayard e Outros Operadores de Pênis. “Isso tudo é balela. A técnica é das mais seguras que existem. Já fiz em mais de 5 mil pacientes desde 1988”, afirma. Os homens que chegam ao consultório dele querem aumentar, em média, de 4 a 5 centímetros o perímetro do pênis. Bayard Santos diz que “pênis com menos de 13 centímetros de perímetro não preenche direito a vagina”. Mas, mesmo nos homens que atingem essa medida, ele faz o procedimento se o paciente desejar. “Se chegar a 14 ou 14,5 centímetros de perímetro, melhora a qualidade do ato”, ele afirma. Diz também que geralmente a mulher se posiciona contra, mas depois pede para o homem colocar mais. Sobre a quantidade de material injetada, ela é experimental. “Injeto o necessário para chegar à medida que a pessoa quer”, afirma. Bayard diz que cada 10 mililitros aumentam de 0,6 a 0,8 centímetro o perímetro. Então, conforme o que o paciente pede, ele vai injetando de 10 em 10 mililitros. Geralmente são duas aplicações. Bayard diz usar mais de uma substância, com diferentes resultados. “O PMMA é para os que querem nódulos no pênis, para um sexo diferenciado”, diz ele. Nos Estados Unidos, a técnica é condenada pela Associação Americana de Urologia como “insegura e ineficaz”. O neurourologista israelense Yoram Vardi, que fez duas revisões da literatura médica sobre engrossamento de pênis, chegou à mesma conclusão: “Não há nenhuma indicação para esse tipo de procedimento na literatura médica”.

Indiferente à polêmica, o representante comercial paulistano Alexandre, de 32 anos, está satisfeito com as duas aplicações que fez em 2008 e que lhe custaram R$ 7 mil. “Eu faria tudo de novo”, diz ele. Alexandre procurou o médico porque achava que havia “algo de errado” com seu pênis. Bayard Santos o examinou, disse que suas medidas eram normais, mas que poderiam melhorar. Alexandre topou, fez o preenchimento e diz estar feliz. “É uma roleta-russa”, afirma o cirurgião Carlos Araújo. Vale a pena desafiar a sorte e pôr em risco uma das partes mais sensíveis da anatomia masculina? Isso depende de cada um. Mas a psicoterapeuta Fernanda Robert desaconselha. Ela diz que aumentar ou engrossar o pênis não muda o comportamento sexual dos homens: “Se a pessoa está infeliz com sua sexualidade, isso não vai mudar”.

O procedimento tanto pode ter resultados satisfatórios como causar as seguintes complicações: infecções, nódulos, perda de sensibilidade e atrofia do pênis. Se a substância for injetada dentro do corpo cavernoso, pode causar gangrena e necrose na região.

As principais causas da retirada são por problemas inflamatórios ou de aspecto bastante não estético do pênis após a bioplastia. Nota-se hoje em dia um grande número de clinicas especializado nesse processo, porém muito poucas informam os riscos do procedimento ou mesmo têm estrutura médica para realizar a retirada quando preciso.

Preenchimento Subcutâneo com 60 ml: 

Preenchimento somente da parte posterior do pênis com 30 ml. Pênis em Repouso

Dr. Eduardo Lopes, urologista com duas especializações: uma em cirurgia geral e outra em urologia! Um mestrado em ciência na USP, um doutorado em Oncologia no Hospital Sírio Libanês, e já tendo exercido o cargo de coordenador do departamento de andrologia da sociedade brasileira de urologia (SBU) declara que: “O problema existe e ainda não foi resolvido pela sociedade de urologia. Vejo até um certo preconceito da parte de alguns colegas! Muitos pacientes tem o pênis muito fino, e insatisfação da parceira. Essa condição impacta no desempenho sexual do homem e nenhuma terapia resolve. Não basta dizer que o pênis é normal, que a vagina da mulher só tem sensibilidade nos primeiros 8 cm, etc! Nada resolve porque o problema persiste! Portanto, em casos selecionados vejo indicação de se fazer o “engrossamento” injetando somente na parte posterior (ventral) do pênis. Problema é que ainda não existe o produto ideal” – finaliza o urologista!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS da literatura médica:

1. Use of Macrolane VRF 30 in Emicircumferential Penis Enlargement – Aesthet Surg J. 2013 Feb 1;33(2):258-64. Sito G, Marlino S, Santorelli A.

2. Long DC. Elongation of the penis. Chinese Journal of Plastic Surgery and Burns 1990;6:17-9

3. Spyropoulos E, Christoforidis C, Borousas D, Mavrikos S, Bourounis M, Athanasiadis S. “Augmentation phalloplasty surgery for penile dysmorphophobia in young adults: considerations regarding patient selection, outcome evaluation and techniques applied.” Eur Urol. 2005 Jul;48(1):121-7; discussion 127-8

4. Post A Caixa Preta da Urologia.

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